Ana
1 min readJan 19, 2023

--

Eu queria poder mudar o mundo. Mas o mundo é muito grande e eu ainda não sei bem o meu papel nisso tudo que é a vida, além disso o mundo não gira ao meu redor. Descobri recentemente que vários dos sentimentos que eu achava serem exclusivamente meus, não o são. Varias pessoas se sentem como eu de modo que nos rendemos a ficar presos num vórtice ilusório ao achar que estamos sozinhos com as nossas dores, com os nossos nossos medos e as desesperanças que nos consomem. Mas não estamos. Só estamos mais distantes, tanto de nós mesmos quanto dos outros. Não queremos lidar com as consequências de tomar decisões porque isso significa que todos os outros caminhos que poderiam dar certo foram deixados de lado. Nos escondemos atrás das telas, dos entorpecentes. É mais fácil a curto prazo. A longo prazo ainda não sabemos, é tudo muito novo, tudo muito urgente. Vivemos congelados nas imagens que forjamos de nós mesmos com alguns cliques e luzes artificiais, até que não é suficiente e partimos procedimentos invasivos, que destroem nossa cerne, nossos ossos que nos abre e costura. Mas não é suficiente. Nunca será.

--

--

Ana

em um estado de perplexidade permanente com aquilo que chamam de amor